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sexta-feira, 4 de outubro de 2019


ENOGASTRONOMIA TOSCANA

Quando pensamos em enogastronomia italiana devemos ter em mente a grande colcha de retalhos que é a Itália. Unificada por meio de acordos e guerras a partir de 1848, a Itália da atualidade é constituída por 20 regiões, cada uma delas possui diferentes pratos, ingredientes, vinhos, costumes, tradições e "modo de preparo".

A enogastronomia toscana é um exemplo da regionalidade italiana: é única, marcada por sabores simples e originais. Sofisticada sem esquecer sua raiz no campo e nas tradições e costumes que vem desde o tempo dos etruscos e romanos, principados e ducados medievais, do renascimento à idade moderna.

É incrível ainda o regionalismo dentro da própria Toscana aonde a cozinha de mar encontra a cozinha do campo e da montanha, harmonizada com vinhos e azeites locais, utilizando-se sempre de ingredientes sazonais.

Da terra

As hortaliças são a base da culinária, ervilhas, aspargos, alcachofras,  farro, feijões, grão de bico, lentilhas, abobrinhas e suas flores e berinjela compõem pratos saborosíssimos como a panzanella, a ribolita, aminestra e a acquacotta.

Os bosques toscanos fornecem muitos dos ingredientes. Ervas aromáticas nascem em todas as partes, alecrim, manjericão, sálvia, loro e erva doce. Os cogumelos e trufas são bastante variados e utilizados na composição de muitos pratos. A castanha, no Brasil conhecida com "castanha portuguesa" é muito importante na alimentação toscana, usada desde caldos e sopas, a pratos principais e doces.
A Toscana é famosa também pela variedade de carnes, seja do gado maremmano ou chiannina, do porco cinta senese ou macchiaiola, pato, coelho, frango ou de caça como o javali e também suas vísceras, que dão origem a pratos como a bistecca fiorentina, o peposo, a tagliata di manzo, o papardelle al cinghiale e o fegatelli, entre outros.

Do mar

A cozinha de mar é bastante variada e muito apreciada. Os pratos tradicionais utilizam-se de peixes e frutos do mar derivados da Costa Toscana -  como o polvo, sépia, lula, camarões, lagostas, enguia, ouriço, e peixes como a galinella e o palombo – além de outras variedades que vem de longe como o bacalhau e o atum. Os pratos mais conhecidos e saborosos são o cacciucco livornese que é uma caldeirada de peixe e frutos do mar, o polpolesso que é comido com azeite extravirgem e limão, o baccalà alla maremmana e o tris di acciughe

Papardelle al Cinghiale






















Pães e frios

A farinha utilizada não é só a de trigo. Aliás, o pão tradicional toscano não leva sal. Já ascchiaccia, um pão muito consumido na toscana, é salgada e regada com azeite. São utilizadas também a polenta, a farinha de grão de bico principalmente para a confecção da torta di ceci, de castanha que usada para fazer o doce castagnaccio e de amêndoas para o ricciarelli, típico doce do período de festas de final de ano. Os doces toscanos são bastante aromáticos, muitos levam frutas secas e frutas cristalizadas como o panforte e o cantuccini, um dos mais famosos doces toscanos que costuma ser saboreado acompanhado de vin santo.

Os queijos e embutidos não são usados somente para o preparo de sanduíches. São amplamente apresentados em bares e restaurantes numa linda e gostosa tábua de frios além de entrarem na confecção de pratos. O principal queijo é o pecorino, feito com leite de ovelha com maturação que dura de poucos meses a anos. Também encontramos alguns queijos mistos (leite de vaca e ovelha) curados ou frescos e muito saborosos. Entre os embutidos temos linguiças de puro suíno, presunto cru toscano, salames de carne de boi, porco ou javali, a finocchiona, o lardo di colonnata, o rigatino, a soppressata (feita dentro da cabeça do porco) e tantos outros que precisamos descobrir e provar.

Vinhos

A Toscana é uma das principais regiões vitivinícolas  da Itália. Registros remontam a fosseis de vitis vinifera encontrados em afloramentos rochosos de 2 milhões de anos. A origem do vinho é traçada a partir da península itálica, com os  etruscos, que o comercializavam no Mediterrâneo. Os romanos refinaram as técnicas de vinificação e o vinho dos etruscos, difundindo a cultura de beber o vinho e até usá-lo como remédio.Na idade média a produção é deixada de lado até meados dos séc. XII-XIII, quando a atenção é voltada ao vinho que passa a ser essencial ao comercio.

O vinho toscano como conhecemos hoje nasce a partir do final do sec. XIX com a família Ricasoli, que define a composição do vinho chianti, ainda no final do sec. XIX. Os trabalhos se estendem até além da metade do sec. XX, quando seriam definidas a composição dos demais clássicos vinhos toscanos.
















Sangiovese

O vinho tinto predomina na região com a uva sangiovese e suas variações, seguida pela cannaiolo e ciliegiolo. Os vinhedos de uvas brancas são preferencialmente trebbiano toscano, malvasia, vernaccia e ansonica. Também encontramos uvas internacionais como cabernet sauvignon, pinot noir e merlot.























Sopressata

Denominações de origem

A Itália é dividida em espaços geográficos de produção de vinhos chamados DOCG (Denominazione di Orgine Controllata e Garantita), DOC (Denominazione di Origine Controllata),IGT (Indicazione Geografica Tipica) e Vino da Tavola que são definidos em lei e regulamentam as uvas que podem ser utilizadas para o vinho desses territórios, os limites geográficos, técnicas de vinificação a serem empregadas, limites alcoólicos, tempo de afinamento em barrica e análises de qualidade pelas quais deve passar o vinho.

De forma geral essas especificações se refletem na qualidade do vinho, assim temos com Vino da Tavola os vinhos de menor qualidade, havendo incremento da qualidade (e restrição nas especificações) no sentido IGT, DOC e DOCG, lembrando que dentre os vinhos na categoria IGT temos os famosos "supertoscanos". 

São ao todo 11 DOCG, 41 DOC e 6 IGT. O Vino da Tavola não recebe indicação de origem e pode ser produzido em um espaço territorial amplo.Entre as denominações mais conhecidas temos as DOCG: Brunello di Montalcino, Vino Nobile di Montepulciano, Chianti, Chianti Classico e Vernaccia di San Gimignano, e entre as DOC: Bolgheri, Bolgheri Sassicaia, Orcia, Rosso di Montalcino, Rosso di Montepulciano, Vin Santo del Chianti e Vin Santo del Chianti Classico.

Azeites

O azeite de oliva Toscano é muito apreciado em toda a Itália e no mundo, o território possui cerca de 119 variedades de oliva, plantadas em todos os lugares, usadas tanto para a fabricação de azeite como azeitona de mesa em conserva, assada, cozida, apreciada das mais diversas formas. O azeite extra virgem possui a personalidade toscana, robusto, saboroso e frutado.

Entre as variedades mais conhecidas de olivas autóctones toscanas para azeite a mais famosa é a frantoio, bastante difundida na Toscana produz um óleo intenso em aroma e sabor, a leccino é usada tanto para a produção de oleio quanto para o consumo a mesa e a morailo que produz um óleo equilibrado e harmônico, apreciado pela grande quantidade de esqualeno (óleo de fígado de tubarao).



Vinhos Sassicaia

Oliveira







domingo, 17 de fevereiro de 2019

Workshop Enogastronomia Italiana



A Itália é internacionalmente reconhecida pela excelência na sua enogastronomia, com a capacidade para criar novos conceitos unindo história, cultura, arte e a consciência e valorização da gastronomia local como base de sua culinária raiz.

Dividida por regiões com climas e geografia diversas, encontramos os mais variados pratos, feitos com ingredientes colhidos em suas terras ou pescados em seus mares. Assim, não poderia ser diferente com os vinhos, que em cada região italiana contemplam cores, aromas e sabores variados.


Objetivo:
Aperfeiçoar os conhecimentos sobre as regiões vinícolas italianas, seus aromas, sabores e harmonizações através de seus vinhos.

Desenvolvimento:
O Workshop compreende uma palestra sobre a introdução da história do vinho italiano, o sistema de qualidade, as regiões produtoras de vinho, as uvas utilizadas na sua produção e harmonizações clássicas.

A dinâmica da degustação ocorrerá durante a palestra e consistirá na apresentação de um vinho representativo da região, para cada qual, será realizada sua análise sensorial com ficha de degustação, avaliação e a harmonização com um prato típico daquela região.

A proposta inclui a degustação de vinhos de 7 regiões italianas, totalizando 7 vinhos diferentes, entre eles 2 vinhos brancos, 1 vinho espumante, 1 Barolo (Piemonte), 1 Brunello di Montalcino (Toscana), 1 Amarone della Valpolicella (Veneto) e 1 vinho de sobremesa. A serem especificados antes do workshop.


Material:
Serão fornecidas fichas de degustação, certificado de participação e a apresentação pode ser disponibilizada em formato digital.

Quando:
17 de junho de 2019 as 19h

Número de Vagas:
Máximo de 24 pessoas

Duraçao:
Entre 3 a 4 horas

Investimento:
R$170,00 (cento e setenta reais) por pessoa (pode ser dividido em 2 pagamento)

Local:

Sitio São Luiz Brumado, Rodovia SP 105 Km 09  Amparo - SP

Inscrições pelo Link.

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSercWaasW5E_cLPxzTaTXq5EiktdnCusUPScUF_0s__fMK9WQ/viewform?usp=sf_link


sábado, 26 de janeiro de 2019

Viagem pelos Vinhos da Toscana de DOC a DOCG 29 de abril a 4 de maio de 2019




Toscana dos vinhos

de DOC a DOCG - 06 dias/05 noites
De 29 de abril a 04 de maio de 2019

A Itália é internacionalmente reconhecida pela excelência na sua enogastronomia, com a capacidade para criar novos conceitos unindo história, cultura, arte e a consciência e valorização da gastronomia local como base de sua culinária raiz.
Dividida por regiões com climas e geografia diversas, encontramos os mais variados pratos, feitos com ingredientes colhidos em suas terras ou pescados em seus mares. Assim, não poderia ser diferente com os vinhos, que em cada região italiana contemplam cores, aromas e sabores variados.
Elegemos a região Toscana para iniciar uma verdadeira imersão em sua enogastronomia e especialmente apresentar os principais produtores de vinhos toscanos DOC e DOCG. Nossa jornada terá início pela Costa Etrusca em direção às colinas de Siena terminando na zona do Chianti.
Você vai poder ver e sentir o aroma e os sabores...

“In vino veritas”
(provérbio latim)

Roteiro

Dia 01 - CAstagneto Carducci e Bolgheri:
Manhã:visita e degustação de vinhos
Tarde: degustação de azeite de olivas
Noite:jantar de boas vindas
Em nosso primeiro dia visitaremos a Cidade de Castagneto Carducci e a vila de Bolgheri. Nosso encontro terá início em frente à estação de trem "Pisa Centrale" às 10h da manhã, em seguida partiremos rumo a cidade de Castagneto Carducci para inaugurar o nosso tour enogastronômico visitaremos a vinícola Donna Olimpia 1898. Guido Folonari é o proprietário da vinícola, sua família possui tradição no ramo da vinicultura, os vinhos produzidos ali pertencem à DOC Bolgheri. A bela propriedade nos recepciona logo na entrada com uma alameda ladeada por "pino marittimo" árvore típica da Costa Toscana. Após a visita e degustação seguiremos para a vila de Bolgheri, passaremos pela famosa estrada de ciprestes, para conhecer o pequeno borgo medieval. Na parte da tarde visitaremos um "frantoio", nome dado ao local de produção de azeite de oliva, o premiado Fonte di Foiano. Finalizaremos o nosso primeiro dia com um jantar de recepção e boas vindas harmonizado com vinhos toscanos.
Dia 02 - Piombino e Volterra
Manhã:visita e degustação de vinhos
Tarde:passeio livre
Final da tarde:degustação de vinhos
Seguiremos na parte da manhã para visita com degustação na Vinícola Poggio Rosso na vila de Populonia em Piombino, zona da DOCG Rosso della Val di Cornia, partindo depois para a cidade de Volterra, onde na parte da tarde faremos uma degustação e conheceremos vinhos diversos feitos com a mesma uva, a Sangiovese, entre as DOCG: Montecucco Sangiovese, Morellino di Scansano, Chianti (Colli Senesi e Colli Pisane) e da DOC Montescudaio, para acompanhar serão servidos queijos e frios de produção regional. Vale a pena explorar as ruas e becos desse famoso borgo medieval.
Dia 03 - San Gimignano:
Manhã:visita e degustação de vinhos
Tarde:passeio livre
Após o café da manhã seguiremos para a Cantina Guardastelle para visita e degustação de vinhos brancos Vernaccia di San Gimignano (citados por Dante Alighieri em sua obra A Divina Comédia - Purgatório), reconhecidos dentro da primeira DOC em 1966 e depois DOCG em 1993. Em San Gimignano, cidade declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, a tarde será livre para os passeios. Vale a pena andar pelas suas ruas e becos medievais, a cidade possui muitas torres que denotam um passado de riqueza e ostentação.
Dia 04 - Gaiole in Chianti e Siena:
Manhã:visita e degustação
Tarde:passeio livre
Estaremos na região das colinas toscanas com seus clássicos ciprestes e plantações de uvas e azeites, visitaremos na parte da manhã o Castello Brolio da família Ricasoli, dentro da DOCG do Chianti Classico. Visitaremos o castelo, a vinificação e faremos uma bela degustação de seus vinhos. A família Ricasoli produz vinhos no Castello di Brolio desde o século XII sendo o símbolo do território do Chianti Classico. À tarde retornaremos à Siena, a cidade do famoso "Palio di Siena" (corrida de cavalos), onde teremos tempo para conhecer suas ruas, igrejas, universidade e museus.
Dia 05 - Montalcino e Montepulciano:
Manhã:visita e degustação
Tarde:almoço e visita guiada
No quinto dia vamos conhecer duas lindas colinas toscanas na região de Val D'Orcia, Montalcino e Montepulciano que hospedam os apreciados DOCG Brunello di Montalcino e Nobile di Montepulciano. As cidades foram cenários de filmes famosos devido a sua beleza sem igual. Com paisagens de tirar o fôlego, iniciaremos o dia visitando e degustando os vinhos da família Frescobaldi na Tenuta CastelGiocondo que produz um grande Brunello di Montalcino, depois da degustação passaremos ao almoço na própria Tenuta. Após o almoço visitaremos  a cidade de Pienza, um belo borgo medieval famoso pela produção do queijo representativo da Toscana feito de leite de ovelha (pecorino di Pienza) em seguida iremos a Montepulciano, onde degustaremos os vinhos da DOCG Nobile di Montepulciano.
Dia 06 - Greve in Chianti:
Manhã:visita e degustação
Tarde:almoço de despedida, visita ao museu e final do tour
No último dia de nosso tour nos deslocaremos pelas terras do Chianti - o "Gallo Nero" chegando a Cantina Antinori nel Chianti Classico da familia Antinori aonde faremos uma visita com degustação e realizaremos o nosso almoço de despedida. Depois do almoço seguiremos até a charmosa cidade de Greve in Chianti onde conheceremos o "Museo Del Vino". Nosso tour finira no fim da tarde em Florença.

O que está incluído:
• 03 (três) refeições com bebidas e vinho selecionado por sommelier;
• Acompanhante especialista em enografia italiana (em português);
• Transporte com ar condicionado;
• Explicações enografia, viticultura, vinhos, história e locais;
• Visitas e degustações contidas no roteiro;
• Hospedagem em quarto duplo (3 - 4 estrelas de acordo com a cidade ou B&B superior)
• Entrada nos locais mencionados no roteiro;
• Seguro de acidentes/vida (parte terrestre).

O que não está incluído:
• Passagens aéreas Brasil-Europa;
• Transporte ou atividades antes e depois do programa/roteiro;
• Qualquer tipo de serviço ou consumo nos hotéis como serviço de quarto, tinturaria, frigobar, aperitivos, telefonemas e outros que não estejam mencionados no roteiro;
• Refeições não mencionadas no roteiro;
• Gorjeta em geral.

Opcional:
Caso sinta vontade de chegar com alguns dias de antecedência e permanecer por mais tempo após o nosso tour enogastronômico, entre em contato para que possamos assessorá-lo a montar seu roteiro personalizado.

Roteiros gastronômicos personalizados:
Propomos a realização de roteiros personalizados em outras regiões da Itália. Indique as suas preferências e nos escreva.

Contatos:
 nilsonbf@hotmail.com
+39 331 578 9677
 +39 0565 22 4662

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

            Sangiovese a rainha da Toscana






A cepa sangiovese, juntamente com a barbera, é uma das mais difundidas em território italiano, cobrindo cerca de 11% da área cultivada de norte a sul, sendo a uva mais utilizada na Toscana.
É a rainha dos vinhos tintos do centro da Itália, entrando na composição de praticamente todos os vinhos tintos da Toscana, Umbria e Marche como vinhos varietais ou em porcentagens diversas em vinhos de corte.

A sangiovese está para a Itália assim como a cabernet sauvignon está para a França, são vinhos que exprimem uma identidade vitivinícola de um país.  (Giacomo Tachis)

Os estudos ampelográficos indicam que a sangiovese tem origem na região dos Apeninos entre a Toscana e a Romagna, a primeira citação é do século XVII de Giovanvettorio Soderini no tratado “Coltivazione toscana delle viti e d’alcuni alberi” aonde diz “o sangiocheto ou sangioveto é um vinhedo marcado pela sua produtividade regular”.

A primeira citação com o nome sangiovese vem em um documento de 1772, e se pensa que já era produzida pelos etruscos há mais de 2000 mil anos para a produção de vinhos. A origem do nome é incerta, são três as hipoteses: que se remete a “sangiovannese” advindo de São João Valdarno ou “san giovannina de São joão Battista ou ainda “sanguegiovese” de Sangue de Júpiter.

Em análise de DNA no início dos anos 2000 não foi identificado parentesco da sangiovese com cepas selvagens toscanas, mas sim com a variedade ciliegiolo. Em 2007 alguns experimentos sugerem também algum parentesco com cepas da Calábria, quais sejam nerello mascalese e Greco Nero di Cosenza. Em estudos de 2013 e 2014 confirma que a sangiovese era cultivada na Sicilia e Calabria, gerando as variedades nerello mascalese, gaglioppo di Cirò e mantonicone

A sangiovese, assim como a pinot noir, possui uma capacidade de mutação muito grande, produzindo grande diversidade de clones. A ampelografia divide a sangiovese em sangiovese grosso (também chamada de sangiovese forte e inganna cane) inclui os clones Brunello (Brunello di Montalcino) e Prugnolo Gentili (Vino Nobile di Montepulciano). E sangiovese Piccolo, também conhecida como cordisco, morellino, sangioveto, sanvicetro, uva tosca e primutico, que inclui os clones todi e morellino. Os diversos clones de sangiovese possuem nomes específicos dependendo de onde são cultivados, o catálogo da Vivai Cooperativi Rauscedo, no Friuli, apresenta 25 clones.

É uma variedade de uva com maturação tardia, com ótima capacidade de adaptação em diversos tipos de solos, preferindo terrenos com bom percentual de calcário, aonde produz seus melhores aromas.É muito sensível ao mofo, anos chuvosos não produzem grandes vinhos.

São produzidos na Itália cerca de 242 vinhos DOC e DOCG com a uva sangiovese, sejam varietais ou vinhos de corte. Os vinhos varietais normalmente possuem acidez alta, grande conteúdo de taninos, cor moderada e estrutura mediana, consistindo em vinhos ásperos e impetuosos. Para tornar esse vinhos mais suaves ao tato, tradicionalmente se adiciona outra uva em sua produção, canaiolo Nero no Chianti na Toscana e no Torgiano Rosso na Umbria.Também é prevista a adição de uvas brancas (Trebbiano Toscano e Malvasia Bianca em Chianti) em muitas DOCs e DOCGs, prática cada vez menos adotada.

Hoje em dia se faz outras misturas, adicionando uvas ou vinhos de uvas internacionais como cabernet sauvignon, merlot e syrah, tornando o vinho de sangiovese mais macio e aumentando em muitos casos seu corpo, alguns desses cortes levam o nome de “supertoscanos”. Tradicionalmente o vinho de sangiovese tinha afinamento em grandes barricas de madeira, hoje em dia devido a técnicas mais modernas a maturação vem sendo feita em pequenas barricas de carvalho e raramente é realizada em tanques de aço inox ou cimento. Devido à grande acidez e adstringência as melhores safras são produzidas em anos quentes e secos, possuindo longevidade de acordo com a qualidade da safra e técnicas de produção, sendo entre 2 e 8 anos ou vinhos que podem ser guardados mais de 20 anos.

A cor de seus vinhos é influenciada pelas técnicas de cultivo e condições meteorológicas da safra. Normalmente possui capacidade colorante média, mostrando cor vermelho rubi com transparência evidente. Em anos pouco favoráveis ou grandes safras a transparência é acentuada e a cor possui tonalidade mais clara.Com a evolução os vinhos de sangiovese passam a tonalidade alaranjada.

Entre os aromas dos vinhos de sangiovese prevalece o de frutas vermelhas e negras como amarena, amora e ameixa, entre os aromas florais estão violeta e rosa, outros aromas são groselha, morango, cereja, framboesa e mirtilo. Quando é afinado em barricas de madeira os aromas remetem a especiarias como baunilha e alcaçuz e aromas empireumáticos de tostado, café e chocolate, a intensidade desses aromas depende de como o vinho foi afinado.

Para a sangiovese grosso, devido ao maior tempo de afinamento, os aromas de frutas frescas serão substituídos por aromas de geleia de frutas e frutas cozidas, como geleia de amarena, geleia de amora e calda de ameixa e podemos esperar notas de vegetais como tabaco, e com o tempo aromas de bosque, feno e cogumelos. Em vinhos com longo período de afinamento, como vinhos reserva tanto de sangiovese grosso como Piccolo pode-se sentir além dos aromas de geleias de frutas, aromas de couro e pele, e aromas herbáceos como eucalipto, menta, e tomilho.

Em boca a principal característica perceptível é a acidez alta e também o conteúdo de taninos, grande adstringência, suavizados em vinhos que passam por afinamento em barrica. Com a adição de cabernet sauvignon os vinhos de sangiovese ganham estrutura, com merlot ganham suavidade e canaiolo nero é tradicionalmente e historicamente adicionado. A gradução alcoólica é variável de moderada a alta, trazendo equilíbrio ente acidez e adstringência, ao vinho.

Hoje na Itália a sangiovese é cultivada na Emilia Romagna, Lazio, Liguria, Lombardia, Veneto, Abruzzo, Campania, Molise, Puglia, Calabria, Sicilia e Sardegna, fora da Itália, levada por imigrantes ou plantada posteriormente é encontrada em vinhos da Califórnia (Sonoma County a San Luis Obispo), Argentina, Córsega (recebe o nome de nielluccio), Brasil, Uruguai, Chile e Austrália.

Fonte de dados:
 Giovanvettorio Soderini, “Coltivazione toscana delle viti e d’alcuni alberi” 1622


domingo, 16 de dezembro de 2012

Vendendo Vinhos


Em maio deste ano fui realizar um de meus sonhos, aprender mais sobre vinhos.

Sou bebedor de vinho há um bom tempo, talvez desde a década de 1980 quando dava uma bicadinha em vinhos doces de São Roque minha mãe tomava e os Liebfraumilch, os vinhos de garrafa azul.

Lá por 1991 quando estava estudando para o vestibular, toda noite tomava um copo de vinho tinto seco para melhorar a concentração.

Passei realmente a degustar vinhos melhores lá 1998 quando experimentava diversos rótulos , comecei a comprar livros e fazer anotações, sempre gostei dos italianos.

Até 2011 foi um longo percurso tomando vinhos, fui pra Itália e visitei algumas vinícolas em Montalcino e Montepulciano, voltei para o Brasil e decidi fazer cursos de vinho, quando me tornei sommelier internacional pela FISAR-UCS em maio de 2012 e participei de diversas degustações durante este ano, além de progredir na formação para sommelier profissional.

Lá por outubro de 2012 atendi um anúncio pelo facebook para me tornar vendedor de vinhos da Dab´s Wine, empresa importadora do Rio de Janeiro que trabalha com a vinícola italiana Lionello Marchesi da região da Toscana.

A vinícola Linello Marchesi surgiu há 30 anos por um empresário amante da vitivinicultura. Restaurou um mosteiro do 1000 em Montalcino produzindo vinhos: Brunello di Montalcino, Rosso di Montalcino, Chianti Clássico, Chianti Superiori, Morellino di Scansano e Sangiovese.

Os vinhos Brunello di Montalcino, Chianti Clássico, Chianti Superiori e Morellino di Scansano são vinhos com Denominação de Origem Controlada e Garantida (DOCG), ou seja, seguem uma regulamentação legal muito restrita para sua produção.

Os vinhos Rosso di Montalcino possuem Denominação de Origem Controlada (DOC) seguem uma regulamentação na produção um pouco mais aberta que a DOCG.

Os vinhos são produzidos com a casta emblemática da Toscana a sangiovese e seus clones, uma uva que me encanta muito pelo seu corpo, acidez marcante e normalmente bom potencial de guarda.


Lionello Marchesi: Castello di Monastero



Locais na Toscana aonde a Lionello Marchesi produz seus vinhos DOCG obedecendo a legislação italiana.

Tive oportunidade de degustar o Brunello di Montalcino 2006 e o Chianti Classico 2008 atestando a qualidade da Lionello Marchesi, são grandes vinhos, não só para acompanhar pratos, mas para degustar com amigos ou sozinho para pensar na vida.



segunda-feira, 9 de julho de 2012

Jantar Italiano no Clube dos 200 dia 21 de julho

Estamos quase lá no dia do jantar, agora com o folheto e cardápio definitivos. Os valores estão expressos no folheto, sendo necessário entrar em contato com o pessoal do Clube dos 200.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Jantar Italiano com harmonização no Clube dos 200 em Julho

Pessoal, muita água rolou nesse tempo, estou há muito tempo sem postar nada por causa da correria.

Depois da última postagem abaixo, fiz muitos amigos, rodei bastante fazendo cursos, visitando feiras, indo a degustações.

Uma das paradas foi no Clube dos 200, um hotel de amigos meus com uma história muito interessante, fundado em 1929 pelo então presidente da república Washington Luis e ainda funcionando como hotel, lá decidimos que faríamos uma Noite Italiana em julho para poder tomar vinho, reencontrar velhos amigos, apreciar um local acolhedor e com boa comida. Topei na hora.

Em outra parada conheci amigos em Ourinhos, o Valmir Gaino que tem um empório maravilhoso nessa cidade e o Gustavo que é representante de vinhos da importadora Cantu. Nesse encontro degustamos vários vinhos maravilhosos e decidimos marcar novos encontros. 

Com o Gaino me encontrei novamente no final de semana passado, degustamos muito vinhos e comprei algumas coisinhas para meu aniversário. Fiquei de voltar e cozinhar no aniversário dele.

Com o Gustavo me encontrei em Campinas, com sua família e a minha, além do proprietário do restaurante Olivetto de Campinas e degustamos mais vinhos, conversamos sempre, pedi a ele para apoiar a Semana de Hospitalidade da faculdade de gastronomia que estou fazendo e pedi um apoio para nossa Noite Italiana, sendo assim, vamos harmonizar os pratos italianos com vinhos italianos da Importadora Cantu.

Só tenho a agradecer meus novos amigos.

Abaixo está o cardápio para a Noite Italiana e estamos fazendo reservas.


domingo, 4 de março de 2012

Restaurante: São Paulo - Vila Madalena

Pessoal

Estou devendo várias postagens aqui, Visita à vinícola Góes, Degustação de vinhos da Importadora Cantu no Empório Gaino em Ourinhos e muitas outras coisas. O problema é que preciso trabalhar um pouco para poder manter o hobby (por enquanto) da gastronomia.

Agora estou matriculado e cursando gastronomia na faculdade CEUNSP de Itu - SP e tenho cursos agendados de vinhos e estou testando as receitas para a Noite Italiana no Hotel Clube dos 200 em São José do Barreiro que será dia 21 de julho deste ano.

Aos poucos colocarei por aqui as atividades anteriores.

No momento gostaria de compartilhar um restaurante argentino em que estive em São Paulo outro dia, fica na Vila Madalena, Rua Aspicuelta, 683.

O restaurante se chama Martin Fierro e não serve só a culinária argentina, mas também a italiana.

Fachada do Restaurante

Nesse dia comi apenas uma lasanha de berinjela que estava maravilhosa e de sobremesa uma taça creme de limão siciliano. O serviço é excelente, quando você senta o garçom já trás para você uma garrafa de água.

Lasanha de Berinjela

Se estiver passando por Pinheiros na hora do almoço, vale dar uma passadinha nesse restaurante.

Desculpem pelas fotos, eu estava apenas com o celular nesse dia, e depois de morder o primeiro pedaço da lasanha, pensei em colocar no blog. Esse almoço foi lá pelas 15h e fica aberto por mais tempo para o almoço.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Mandaguari

Para quem achar estranho o título, Mandaguari é uma cidade com cerca de 35 mil habitantes no norte do Paraná, próxima a Maringá.

Precisei viajar estes dias e fui dormir em Mandaguari, ficamos no Hotel Amazonas, o único e melhor da cidade. Perguntei ao recepcionista aonde seria bom para jantar, me foi indicado o restaurante O Forno como a melhor comida caseira da cidade.



Quando passei em frente ao restaurante não coloquei fé, tinha aparência de muito restaurante em que já estive e só dava para comer, e não se regalar. Bom, fomos trabalhar e voltamos para jantar.

Entramos, sentamos e os donos estavam no serviço, uma senhora japonesa e um senhor, descendente de italiano, irritado com o entregador e chutando até a sombra.

A senhora japonesa nos atendeu e o que tinha era o "comercial" com três variedades de carne e o mini comercial, além de lanches e pratos tradicionais com filé.

Pedi um comercial e fiquei sem expectativa, quando começaram a servir não parava de vir prato, uns 6 tipos de salada, arroz, feijão, bisteca de boi e de porco, frango, bolinho de batata com carne moída. Estava excelente, a bisteca no ponto e tudo com muito sabor.

Voltamos no outro dia para almoçar. No almoço o serviço é self-service com muitas saladas, diversos pratos quentes e para minha surpresa, havia um prato especial. A proprietária me disse que todos os dias tem um prato especial, nesse dia, terça-feira, era pernil de porco.

O pernil era servido de mesa em mesa pela proprietária que andava com ele exibindo como um troféu, e muito merecido, comi poucos pernis como esse, com a pele pururuca, muito crocante e a carne praticamente derretendo na boca. Segundo ela, a cozinheira da noite tempera e depois alguém assa no dia seguinte.


Se passarem próximo a Mandaguari indo para Apucarana ou Maringá, parem no restaurante O Forno para o almoço.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Férias no Sul

Desculpem pela falta de postagem por quase 1 mês. Estava em férias pelo sul e depois precisei trabalhar um pouco, senão não pago minhas contas.

A ceia de Natal foi boa, preparei o seguinte esquema para os pratos:


Carré de cordeiro

Temperar com sal e pimenta-do-reino, preparar alfavaca, tomilho e alecrim com azeite de oliva e alho em almofariz e passar nos carrés.
Assar em forma untada com manteiga em forno pré aquecido a 250º por 20 min.
Cortar entre as costelas e servir


Tomate recheado

Cortar os tomates ao meio e deixar escorrer
Misturar ricota, alho-poró bem picado, parmesão ralado, salvia, uma pitada de farinha de rosca, algumas gotas de uísque, sal e pimenta-do-reino a gosto.
Furar o interior do tomate com garfo e temperar com sal e pimenta, misturar os outros ingredientes e rechear os tomates
Levar ao forno até gratinar.

Farofa

Fritar bacon em azeite, refogar cebola, alho e os miúdos do peru, acrescentar a mesma quantidade de farinha de rosca e de mandioca (fina), temperar com cerveja preta, sal, pimenta vermelha e salsão bem picado.

Couscous

1 caixa de sêmola – 500g (uso Tipiak)
500ml de água
Azeite e manteiga
Sal

Berinjela
Abobrinha Italiana
Tomate
Pimentão Vermelho

Para o couscous: Coloque a água para ferver com uma pitada de sal e 4 colheres de chá de azeite, acrescente os 500g de couscous, mexa por 3 min até hidratar, coloque manteiga a gosto e cozinhe em fogo baixo por mais 3 min. Retire do fogo e deixe descansar.

Para o complemento (todo picado em cubos): esquente azeite em uma frigideira larga e funda, coloque a abobrinha para refogar, estando mole, coloque a berinjela (exige pré-preparo: salgar e deixar em repouso para escorrer a água) até refogar, depois coloque o pimentão e por último o tomate. Regue com azeite e coloque por sobre o couscous.

Risoto Milanês

½ kg de arroz arbóreo
100g de manteiga
2 saquinhos de açafrão moído (Carmencita)
Parmesão ralado
Caldo de legumes
Vinho branco seco
Cebola picadinha

Deixe o caldo de legumes quente, cerca de 2 a 3 litros
Em uma panela grande de fundo largo refogue a cebola e o arroz na manteiga, coloque o vinho até cobrir o arroz e cozinhe (mexendo sempre) até quase secar, passe a colocar o caldo de legumes para ir cozinhando o arroz.
Sem separado, dissolva o açafrão em um pouco de caldo e próximo ao fim coloque no risoto juntamente com o queijo parmesão ralado.


No dia 27 de dezembro fomos viajar para o Rio Grande do Sul.

Bom, retornando à viagem, depois de Vacaria, passamos por Bento Gonçalves, aonde visitamos a a Casa Valduga, o Ristorante Maria Valduga, a Casa de Madeira, a Vinícola Don Laurindo e a Queijaria Valbrenta.

Tínhamos apenas parte de um dia para visitar Bento Gonçalves, então selecionamos nossos alvos:

Casa Valduga:

A casa Valduga está no Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves, na entrada já se vê a imponência do lugar, fomos direto para a loja aonde pudemos degustar os vinhos que quiséssemos, foram uns 6 pelo menos e aproveitamos para comprar espumantes para o Réveillon e alguns vinhos.

Almoçamos no restaurante Maria Valduga, que serve um rodízio de comida italiana. O serviço começa pela entrada com pão e antepastos, passou para tortelli all brodo, depois para rodízio de massas, galeto e costeleta de porco, após para a sobremesa e café. Não há refrigerante, somente suco, vinho e água.

O almoço foi bom, o interessante é que ao redor do prédio há espinafre e temperos plantados.


Depois do almoço passamos na Casa de Madeira que faz parte do Grupo Valduga, produzindo geleias variadas, inclusive de uvas viníferas, suco de uva e vinagre de vinho.


Depois da Casa de Madeira, penamos para encontrar a Don Laurindo, aonde experimentamos mais 4 ou 5 vinhos e compramos mais um pouco.



Tenho em consideração as vinícolas Valduga e Don Laurindo, para mim, fabricam vinhos de excelente qualidade.

Quando íamos saindo do Vale dos Vinhedos, topamos com um queijaria e não pudemos resistir, paramos e provamos muitos queijos que acabamos comprando.


Bento Gonçalves tem muito mais a ser explorado e visitado, passamos por muitas vinícolas, mas nosso tempo era limitado, precisava pegar meus tios no aeroporto de Porto Alegre.

No caminho também vimos muitos outros lugares interessantes para visitar.

Chegando em Porto Alegre, pegamos meus tios e fomos passar uns dias em Tramandaí, uma grande praia no litoral do Rio Grande do Sul.

Em Tramandaí as coisas não deram muito certo na cozinha, fiz almoço alguns dias que ficaram bons, pratos simples. No Réveillon fui fazer 4 pratos para a ceia, o strogonoff ficou muito ardido, pois não provei a páprica picante, mas a farofa e o molho para o lombo ficaram bons.

Na última noite jantamos em uma pizzaria excelente em Tramandaí, na Av.Atlântica, mas não me lembro o nome.

Saímos de Tramandaí e fomos dormir em Timbó - SC no Timbó Park Hotel, aonde eu já conhecia desde a década de 1990 quando fiquei hospedado em trabalho de campo pela faculdade.

Como passamos férias na região de Blumenau em 2010, ficamos com vontade de comer no restaurante Tapyoka, aonde jantamos a primeira noite.

É primeira noite, pois deu vontade de ficar mais tempo por aqui e levar os "meninos" andarem pela região e comer no Bistrô Magnani que é uma boa pedida, porém sem muita expectativa. A carta de vinhos é excelente e a loja Magnani também.

Em Timbó vale a pena passar na Fricar para comprar linguiças, bacon e porco defumado.

Andamos mais pela região, fomos a Blumenau dar uma olhada em cristais e na Vila Germânica, em Pomerode na Porcelana Schmidt e comemos na Confeitaria Torten Paradies aonde pedimos 5 sobremesas deliciosas.

Passamos ainda em Jaraguá do Sul e viemos embora pra casa começar o ano de trabalho.